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Ditoso aquele, e bem-aventurado,

Que longe, e apartado das demandas,

Não vê nos tribunais as apelandas

Que à vida dão fastio, e dão enfado.





Ditoso, quem povoa o despovoado,

E dormindo o seu sono entre as holandas

Acorda ao doce som, e às vozes brandas

Do tenro passarinho enamorado.





Se estando eu lá na Corte tão seguro

Do néscio impertinente, que porfia,

A deixei por um mal, que era futuro;





Como estaria vendo na Bahia,

Que das Cortes do mundo é vil monturo,

O roubo, a injustiça, a tirania?



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