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O cão que veio do abysmo
Roeu-me os ossos da alma,
E erguendo a perna—o que eu scismo—
Mijou no meu mysticísmo
Que me dava a minha calma.

O cão veio dé onde dorme
Aquelle anseio que tenho
Por qualquer coisa de, enorme
Que indistinctamente forme
A forma de quanto extranho.

E depois de isso completo
O cão que veio do abysmo
Que estava inteiro e repleto
Fez sobre tudo o dejecto
Que é hoje o meu mysticismo.
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